1B - Leitura e Produção de Texto

Aula 1 - Concepção de língua e implicações para a produção textual


Esse curso se inicia com uma vídeo-aula onde se tem como objetivo discutir como se dá o processo de construção de texto segundo as concepções de língua determinadas pela nossa sociedade.
Defendendo concepções dialógicas de línguas, a professora, explica que "a língua faz viver e a língua vive", querendo dizer que uma pessoa que não se comunica e não se pronuncia, não consegue ter essa interação de idéias, se relacionando com outras pessoas, entrando em diversos campos do conhecimento e gerando o seu próprio processo de consciência.
A professora, defende ainda que para o processo de  produção linguística, seja oral ou escrita o individuo tenha que responder a algumas questões como o que dizer; como dizer; por que dizer e pra quem dizer para que a sua produção não fique sem identidade.
Por fim, foi também destacada a dificuldade em que um escritor se encontra ao redigir um texto onde ele tem que obedecer a inúmeras normas e padrões de regras gramaticas para apresentar idéias de uma comunicação que pode ser tão aberta que podem atingir graus de criatividade intensos que nos levam a verdadeiras aventuras da comunicação.


Aula 2 - A língua da cultura brasileira


Tratando exclusivamente sobre o letramento e o analfabetismo funcional, essa aula nos remete a uma sociedade tão diferente entre as pessoas que se relacionam diariamente, sendo uns completamente analfabetos a ponto de não saber escrever nem o próprio nome e outros de tamanha riqueza cultural e intelectual.
Foi a partir da evolução dos tempos que se descobriu a necessidade de se tornar um usuário efetivo da língua escrita, possibilitando que houvesse maior interação entre as pessoas e assim dando origem a palavra letramento que acabou sendo dicionarizada devido a sua importância no contexto educacional.
Magda Soares (professora da UFMG), dizia que a alfabetização é a ação e ensinar ou aprender a ler e escrever. Por outro lado, se tem o termo letramento que é o estado ou condição não só de quem sabe ler e escrever, como também cultivam e exercem as práticas sociais que usam a língua escrita.
A aula fala justamente como se dá essas relações entre as pessoas alfabetizadas e analfabetas, como se dá o equilíbrio e o convívio entre esses diferentes níveis sociais.


Aula 3 - A leitura para além da decodificação


A aula começa com a professora explicando a diferença que existe em decodificar um texto em som traduzindo a linguagem simbólica escrita em linguagem oral da leitura onde se tem assimilação real e notória do texto lido, compreendendo e se posicionando com relação ao que foi absorvido com aquela leitura.
A aula também mostrou Paulo Freire falando que a possibilidade da leitura, do ler e escrever, a oportunidade de traduzir e interpretar os signos que nós temos é verdadeiramente transformador e nos remete a uma compreensão maior do que é a vida, o que estamos fazendo e onde queremos chegar.
Espera- se por fim que o aluno tenha ciência da importância e o poder da leitura e o seu potencial transformador, fazendo relações entre os planos visuais e os planos da construção do conhecimento.


Aula 4 - Competências de leitura


Nessa aula, faz se uma revisão, aprofundando ainda mais a importância que o leitor tem que fazer de construir sentido para o que ele lê, pois a leitura não é somente uma decodificação de sinais.
O leitor, antes de mais nada, precisa realizar um esforço inicial para reconhecer a linguagem com que está sendo apresentada a comunicação escrita. Precisa tambem, reconhecer como são formados os códigos da mensagem, tempo para fazer a leitura correta do texto sem fazer suposições do que não foi escrito, exigindo que o leitor seja inteligente a ponto de fazer conexões internas e relacioná-las com as informações.
Foram relacionadas, todas as competências que a leitura deve cumprir, como:
  • Reconhecer a linguagem e ler para além dela;
  • Discriminar os símbolos;
  • Conhecer o código;
  • Prever e dialogar com os sentidos, lidar com ambiguidades;
  • Antecipar e conferir informações;
  • Articular informações internas do texto;
  • Construir significados, buscar informações e construir respostas;
  • Relacionar informações com discursos e valores do contexto social;
  • Relacionar informações com outros saberes.

Aula 5 - Língua portuguesa ou língua brasileira?


A aula trata da polêmica que existe entre gramáticos, professores e linguistas sobre a diferença ou não da língua portuguesa e língua brasileira.
Após a colonização portuguesa, fomos influenciados pela sua cultura e assim se enraizou a língua portuguesa como a nossa língua oficial, mas antes disso nós tínhamos outras várias línguas que eram faladas em nosso território como a tupi guarani por exemplo, falada pelos indígenas locais.
Mesmo após a colonização portuguesa, tivemos ainda outras influencias como as dos negros africanos que vieram para trabalhar no Brasil, fluxos migratórios onde vieram italianos, espanhóis, alemães que trouxeram de uma forma ou de outra um pouco da sua cultura, e que acabou por influenciar na formação da nossa sociedade.
Com toda essa transformação, a língua sofreu alterações fonéticas, morfológicas, sintáticas, semânticas e léxicas que faz com que nós pensemos que hoje tenhamos uma língua mais brasileira do que portuguesa propriamente dito.


Aula 6 - Gramática e vida


Uma das questões que mais gera polêmica no estudo da língua portuguesa é a gramática. Esse estudo, requer que tenhamos muito bem entendidas, regras de classificações como sujeitos, predicados, regências verbais e nominais e fizéssemos análises sintáticas para classificar palavras ou grupos específicos de palavras dentro de uma determinada frase, mas que contudo, sempre esteve em discussão pelas reflexões pedagógicas e linguísticas pelo fato de existir um conflito entre gramática e língua viva falada naturalmente por nós.
Muito bem posicionado pelo professor, o vídeo fala da diferença entre a gramática normativa e a nas outras regras que são implícitas para a eficácia da comunicação entre as pessoas. Fala que em muitas vezes não é possível falar exatamente como se escreve, assim como também não é possível escrever exatamente como se fala.
É essencial que todos conheçam bem a língua padrão para fazer o uso correto da estrutura da nossa língua portuguesa, mas isso não é necessário para uma efetiva comunicação e para que mais do que análises sintáticas e estudos aprofundados da gramática, as maiores preocupações deveriam ser em torno da leitura, compreensão e interpretação de textos, letramento e escrita.


Aula 7 - As regras da nova ortografia


Nesse vídeo foi dada continuidade ao assunto que diz respeito a tensão entre a gramática normativa com todas as suas regras e a realidade viva e comum do idioma que falamos, dessa vez, com foco maior na ortografia, que é a maneira como se caracterizam os padrões para a forma escrita das palavras.
Essa mesma ortografia passou por algumas mudanças ao longo da história e principalmente nessa última podemos destacar algumas mudanças significativas como a ausência do trema e uso do hífen entre outras.
Porém, antes que ela fosse alterada, é importante falar da relutância que houve antes que ela passasse por essa transformação, onde foi questionado que eram muitas regras a serem assimiladas e isso gerava ainda muitas outras dificuldades por conta das falhas no nosso sistema educacional.
Por fim, após todas essas mudanças, ficou o conselho, "Não desprezar essas regras, pois é nosso dever conhecê-las e através de pesquisas, ir inserindo aos poucos esses padrões na nossa forma de escrever... mas que também também não podemos esquecer que a vida da língua e a vida da escrita é mais ampla, mais interessante e mais rica do que todas essas regras e manter a atenção entre as regras e a vida".


Aula 8 - A declaração universal dos direitos linguísticos


Na aula que fala sobre a declaração universal sobre os direitos linguísticos, ouvimos o professor falar sobre o documento que expressa os direitos do falante com relação a língua.
São falados por exemplos, de alguns conceitos relacionados a esse documento, como a Comunidade Linguística que resumidamente, garante toda a sociedade humana de um determinada região reconhecida ou não, que se identifica como povo tenha desenvolvido uma lingua comun de comunicação entre os seus membros.
O vídeo também fala dos direitos linguísticos não alienáveis, direitos linguísticos complementares relacionados ao ensino da própria língua e da própria cultura.
Esses direitos são fundamentais para darmos ciência do que fazer para preservar as características linguísticas e suas tradições afim de preservar riquezas culturais únicas que uma vez perdidas, nunca poderiam ser recuperadas.


Aula 9 - Breve história da nossa língua


A língua brasileira é a quinta língua mais falada no mundo com 280 milhões de falantes. Ela surgiu do latim vulgar da Península Ibérica.
As fases da língua portuguesa se dividem em 4:
Português antigo ou arcaico (séc. XII ao XV);
Português clássico ( séc. XVI e XVII);
Português moderno ( séc. XVIII e XIX);
Português contemporâneo (séc. XX e XXI).
O português atual é bastante diferente de antigamente, pois sofreu uma forte influência inglesa. O modo de escrita e fala do português também tem muita diferença, mais do que em Portugal.
O português falado no Brasil tem influência de duas origens: o português dos primeiros colonizadores e dos crioulos portugueses, brancos, índios e negros pobres. Como esta segunda origem teve um português mais abreviado,uma pronúncia de fácil expressão, houve essa miscigenação.


Aula 10 - Etimologia


Nesta aula, entendemos um pouco do que é etimologia e o quão importante é a mesma.
Primeiramente, temos que definir o que é etimologia? A etimologia é o estudo da
origem das palavras. Sócrates defendeu que  “o  modo  adequado  de  nomear  as  coisas  é  o
modo natural, deixando vir a luz o ser das coisas”.
Já Crátilo defende que a natureza e os nomes estão interligados automaticamente.
Hermógenes defende que as palavras existem sob convenção. Isidoro de Sevilha criou uma
enciclopédia sobre Etimologias. Já Erasmo de Rotterdam descreve “A etimologia é a
interpretação de um nome, ou a explanação de seu sentido”.
A etimologia é uma grande forma de se pensar na linguagem.
Étienne Gilson diz que “Tudo o que se relaciona a  origem  é  misterioso”,  frase  da
qual concordo plenamente. Nunca saberemos a origem das coisas e de tudo, isso cabe
somente à uma pessoa, e essa não anda entre nós.
Há um sentido oculto em casa palavra que falamos. Podemos perceber que
coincidências sonoras  e semânticas  estão todas interligadas no meio etimológico.


Aula 11 - A gíria e a comunicação


A gíria é um modo de comunicação muito comum entre jovens e marginais. Entre jovens se usa muitas vezes para se comunicarem em grupos, mudando um pouco de grupo para grupo. Entre marginais é muito utilizada para não ser compreendida pela polícia.
Existe uma forma de expressão linguística chamada registro ou nível de linguagem adequada a cada situação de discurso, da mesma forma que existe tipos de vestuários adequados a cada ocasião.
A linguagem muda de acordo com a ocasião e grupo com quem se fala. Os grupos a quem pertencemos, de certa forma, dita nossa linguagem, se estamos em um grupo mais despojado, de jovens, a tendência é falar com gírias, da mesma forma que aquele grupo. Porém se estamos em um grupo de trabalho em uma empresa, dificilmente nos comunicaremos da mesma forma.


Aula 12 - Os Jargões


Nesta aula, entendemos um pouco melhor o que são os Jargões, e qual a sua importância no meio profissional.  
Os fenômenos da língua se dão em três níveis: social, grupal e individual. O jargão é um tipo de norma que denomina palavras que são usadas em uma certa profissão (ou atividade) que não há denominação em termos comuns. Eles são criados para facilitar o trabalho, são termos técnicos que significam somente uma coisa, e não possuem a ambiguidade da fala comum. É preciso analisar sempre o público com quem iremos utilizar nossos “jargões”, devemos lembrar que pessoas leigas podem não entender o que queremos dizer, e foi exatamente o que ocorreu no vídeo mostrado em aula sobre uma entrevista entre ministros e jornalistas. Eu, como leiga total na área jurídica, acabei não entendendo nada. Pode-se e deve-se fazer uso dos jargões dentro de seu ambiente de trabalho, porém, fora dele isto pode se tornar um grande problema.


Aula 13 - A Influência de outros Idiomas


No Brasil utiliza-se muitas palavras de origem estrangeira. Umas foram aportuguesadas, portanto nem podem ser chamadas de estrangeiras, outras ainda são consideradas estrangeiras, embora seja usada sempre.
Há pessoas que não concordam com isso, pois acham ser antipatriotas. Porém toda língua sofre influência de outras línguas, o que pode ser benéfico para a sociedade.
Muitas vezes a grande importação de palavras estrangeiras se deve ao fato do país não ser muito criativo no que diz respeito a tecnologias e invenções, portanto a importação das palavras vem junto com os produtos do país.


Aula 14 - A Linguagem Politicamente Incorreta


A “Cartilha do Politicamente Correto” foi lançada em 2004 pelo governo brasileiro. Nela, estão descritos termos que devem ser usados e que não são considerados preconceituosos. Nossa língua já oferece a estrutura necessária para tratarmos às pessoas, mas o “politicamente correto” denomina palavras grandes e complicadas, completamente sem necessidade de serem usadas, tais como nanismo para se denominar o anão e afro-descendente para se denominar o negro. Por quê então, não chamar o branco de euro-descendente? Não há estrutura comprovada para as expressões politicamente corretas. Há sempre uma adequação necessária  a ser feita quando se trata da fala, precisamos entender o contexto antes de julgá-lo.
Em minha opinião, acredito que os termos politicamente corretos colocam o preconceito onde não há, somente o fato de TER uma cartilha para falar termos sobre pessoas já  os diferencia e já os trata preconceituosamente. Hoje em dia praticamente
qualquer coisa que dizemos é preconceito, mas acho que a tirinha que coloquei no começo do texto cita bem o que quero dizer.

Aula 15 - Propriedades do Texto


Um texto é uma sequência de palavras e frases que possuem uma coerência, coesão e um conteúdo. O texto sempre possui um enrendo. Mas o que é Coesão? “A coesão nada mais é que a ligação harmoniosa entre os parágrafos, fazendo com que fiquem ajustados entre si, mantendo uma relação de significância.” (Retirado do Site Mundo Educação – Referências) E coerência? “Quando falamos sobre coerência, nos referimos à lógica interna de um texto, isto é, o assunto abordado tem que se manter intacto, sem que haja distorções, facilitando, assim, o entendimento da mensagem.” (Retirado do Site Mundo Educação –
Referências) A coerência é de natureza semântica e nos remete a um significado global do texto, já a coesão contempla aspectos sintáticos. Na progressão temática, apresentam-se os temas e os remas. O tema é o assunto propriamente dito, definido. Já o rema é uma informação inovadora, desconhecida.
Existem algumas regras básicas de coerência textual:
1.  Repetição – a) direta: Quando há repetição de palavras / b) indireta: maneiras
alternativas de se referir à algo ou alguém;
2.  Progressão – Avanço do texto;
3.  Não Contradição – Não contrariar-se;
4.  Relação texto/contexto – Compatibilidade entre as informações do texto.


Aula 16 - A Estrutura da Língua


Todo o Universo tem estrutura, ou seja, uma ligação, uma hierarquia, uma ligação. A maioria das estruturas existente tem 2 tipos de ligações: Horizontais que são entre elementos da mesma importância na estrutura e Verticais que há a subordinação de um elemento ao outro.
A estrutura da íngua é a seguinte:  Fonema se unem para formar sílabas e morfemas. Morfemas se unem para formar palavras, palavras para formar sintagmas, sintagmas para formar orações, orações para formar períodos, períodos para formar parágrafos, e parágrafos para formar textos.
Para formar palavras também tem uma hierarquia, a de que o radical é a base e os afixos e desinências são os adjuntos.
As orações coordenadas são autônomas entre si, enquanto as subordinadas dependem de uma oração principal, sem a oração principal ela não existe.


Aula 17 - A Estrutura do Parágrafo e do Texto


Dando continuidade a aula anterior,  essa aula fala da hierarquia nas estruturas  das frases, períodos, parágrafos e texto.    O parágrafo, basicamente se constitui de tópico frasal e desenvolvimento, onde o segundo não existe sem o primeiro. O tópico frasal é a apresentação da ideia principal, é a enunciação, é ele que orienta os outros períodos do parágrafo. O desenvolvimento  é formado por idéias secundárias, oriundas  a partir do tópico frasal, ele deve expandir, desenvolver ou aperfeiçoar a ideia principal.
O texto é formado por:
  • Introdução – é exposta a ideia central, de forma clara e objetiva.
  • Desenvolvimento – é onde se desenvolve a argumentação, que pode ser através de fatos, opiniões, dados.
  • Conclusão – é o fechamento das idéias, quando o texto é concluído. É feita uma síntese das ideias gerais e propostas soluções para o assunto abordado no texto.
A sintaxe existe em todos os níveis da língua, estuda a relação entre esses elementos, nos possibilitando usar de forma proveitosas as inúmeras possibilidades de combinação entre eles e transmitir uma mensagem clara, completa e de fácil entendimento.


Aula 18 - A Estrutura do Texto


O texto é formado por frases que interagem entre si através dos processos de transição. O texto se articula em torno de núcleos temáticos.  Os processos de transição podem ser:
  • Repetição do núcleo temático por meio do :
  • Uso das mesmas palavras e/ou expressões: Exemplo - Aécio Neves da Cunha é um economista e político brasileiro, filiado ao PSDB. Foi o décimo sétimo governador de Minas Gerais entre 1º de janeiro de 2003 a 31 de março de 2010, sendo senador pelo mesmo estado. Aécio é o candidato de seu partido à presidência do Brasil na eleição de 2014.
  • Emprego de sinônimos ou paráfrases: Exemplo - Dilma Vana Rousseff é uma economista e política brasileira, filiada ao PT, e atual Presidente da República Federativa do Brasil. Em 2010, foi escolhida pelo PT para se candidatar à Presidência da República na eleição presidencial, sendo que o resultado de segundo turno, em 31 de outubro, tornou Dilma a primeira mulher a ser eleita para o posto de chefe de Estado e de governo, em toda a história do Brasil.
  • Substituição por pronomes: Exemplo -  Marina Silva Iniciou sua carreira política em 1984 como vice-coordenadora da Central Única dos Trabalhadores no Acre. No ano seguinte, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores.
  • Uso de elementos de conexão:
  • Conjunções: Exemplo - Brasil é o maior país da América do Sul e da região da América Latina, sendo o quinto maior do mundo em área territorial  e população. É o único país onde se fala majoritariamente a língua portuguesa na América e o maior país lusófono do planeta, além de ser uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversas, em decorrência da forte imigração oriunda de variados cantos do mundo.
  • Advérbios com valor de conjunção: Exemplo – Marina Silva declarou apóio no 2º Turno ao candidato Aécio Neves, porém um grupo de integrantes da Rede Sustentabilidade regeita o apóio da candidata derrotada.
  • Uso de construções sintáticas paralelas (paralelismo sintático): Exemplo – Dilma e Aécio disputam o 2º turno das eleições no dia 26 de Outubro.

Aula 19 - A Montagem do Texto


Antes de escrever um texto é preciso planejar. No planejamento do texto deve-se  definir o tema, público-alvo e nível de linguagem,  buscar ideias, selecioná-las e organizá-las, montar a estrutura de tópicos, redigir, verificar se o texto está ordenado corretamente, intitular o texto, reler, reescrever se for o caso e revisar. Ao delimitar o tema também deve-se levar em consideração a quem o texto se destina, o estilo de linguagem mais adequado, a justificativa, onde quer se chegar com o texto e qual a sua extensão. Depois disso deve-se fazer a pesquisa sobre o tema proposto. Reunindo tudo, a próxima etapa é elaborar um plano-piloto que se parece com o sumário da obra.


Aula 20 - Repertório e Leitura


O conhecimento do mundo é uma condição essencial para a elaboração do texto.
A intertextualidade é muito importante para a organização do texto.
Repertório é o sentido do texto, é a lógica maior que se procura buscar.
São várias as razões que nos motivam a iniciar a leitura de um texto ou a desistir da mesma. Ao iniciar uma leitura o interlocutor busca uma identificação com o texto, uma ligação do seu conhecimento de mundo com as informações contidas ali. Se porém essa ligação não acontece, é grande a possibilidade da leitura ser interrompida.
É o conhecimento de mundo, a bagagem que o interlocutor traz consigo, o que permite que a leitura de um determinado texto faça sentido para ele. Existe toda uma carga de informações e dados que vamos armazenando no decorrer da vida, sobre diferentes assuntos que que se cruzam e estabelecem um significado. 


Aula 21 - Gêneros Textuais: Resumo


Os gêneros ordenam e estabilizam as necessidades comunicativas do dia a dia.
O gênero resumo é um modo de recuperação de trechos importantes de um texto, ele pode ser feito selecionando ou identificando as ideias principais e transcrevendo-o.
No resumo não se pode julgar, nem transcrever períodos inteiros do mesmo jeito que se encontra no texto.
O ideal é o resumo ter a extensão de 1/3 ou ¼ do texto original.
No momento que se está assimilando o texto, deve-se anotar as palavras que gerou alguma dúvida para, logo depois, pesquisá-las. Também deve-se anotar as palavras principais, estas  são chamadas de palavras-chave. Cada parágrafo tem uma ou mais palavras chaves. Ela é o alicerce semântico. O texto se estrutura em cima dela.


Aula 22 - Gêneros Textuais: Resenha


A resenha, ao contrário do resumo, é uma exposição rigorosa do objeto, com ela se aprofunda mais na pesquisa e nos argumentos.  A resenha é muito utilizada pelos universitários e exige muito conhecimento por parte de quem o fizer, pois ela não é um simples resumo. Para fazer uma resenha deve-se analisar outras obras para ter uma posição mais consolidada a respeito do que se está falando.
A resenha nos faz argumentar, uma vez que ela exige que se tome uma posição sobre o que está sendo dito.
O resenhista deve decompor os argumentos do autor.


Aula 23 - Argumentação (Parte 1)


Primeiramente, o que é argumento? Argumento é tudo aquilo que ressalta, faz brilhar, faz cintilar uma ideia. Isto porque a etimologia da palavra argumento vem do ladim “argumentum”, vocábulo formado com o tema argu-, presente nos termosarguto,  argúcia, argênteo, argentum e significa “fazer brilhar”, “fazer cintilar”. Não são formas de argumento: opiniões, relatos, descrições, indagações, narrativas (ficção), expressões emotivas e explicações. Os argumentos devem ser íntegros e justificáveis, devem avançar a alcançar a conclusão. Temos então uma estrutura:
  • Premissa Maior  – Generalização; 
  • Premissa Menor – Particularização; 
  • Conclusão  – Ambos conectados sustentam a conclusão. 
Os argumentos fracos, em geral, são aqueles que têm premissas sem força suficiente para sustentar a conclusão. Um argumento é inválido quando não há premissas lógicas ou verdadeiras.
Um bom argumento, possui integridade das premissas e é completamente justificável, sendo chamado então de Argumento Íntegro.


Aula 24 - Argumentação (Parte 2)


Nesta aula, analisamos um vídeo feito com atores da Rede Globo que argumenta a construção da Usina de Belo Monte. Vimos que eles utilizam o argumento para poder persuadir e convencer o interlocutor para que o mesmo acredite em suas alegações.
Há várias formas de fazer com que o interlocutor faça a adesão ao seu argumento, isso se chama recursos de argumentação. São eles:
  • Declarações baseadas em provas concretas; 
  • Alternância entre declarações com que o interlocutor ou leitor tenha maior 
  • ou menor familiaridade, com graus distintos de exigência de comprovação; 
  • Repetição e acumulação de detalhes; 
  • Evocação do concreto, pela narração de fatos ou descrição de lugares, pessoas ou coisas; 
  • Níveis de abstração; 
  • A escolha  das palavras  não pode ser “neutra”; 
  • Opção pela modalidade afirmativa x negativa; 
  • Interrogação 
  • A indeterminação nominal e prenominal; 
  • A subordinação. 
Há, no entanto, enunciados que dispensam comprovação, tais como:
  • Declarações que expressam uma verdade universalmente aceita; 
  • Declarações que são evidentes por si mesmas;
  • Declarações que têm o apoio de autoridade intelectual; 
  • Declarações que fogem ao domínio puramente racional. 

Aula 25 - Problemas de Redação


Estamos chegando no fim do ano, e nesse período, acontecerá o ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio. Passado esse período, começam a circular pela internet algumas redações, feitas no ENEM, que apresentam erros grotescos. A aula apresenta alguns problemas de redação, veja abaixo quais são eles:
Desajuste de Tópico – isso acontece, quando o enunciado (tópico frasal) está em desacordo com o restante do parágrafo (ideias secundarias), demonstrando falta de domínio do assunto.
Incompletude ou Truncamento de Enunciados – é quando, no texto, o pensamento não é completo, devido a ausência de conectivos, palavras, elementos, que garantem esse sentido.
Impropriedade no uso de sintagmas – na tentativa de deixar um texto mais culto, mais intelectual, o autor utiliza palavras palavras para impressionar o leitor, porém sem conhecer seu significado, e acaba empregando-as de forma errada.
Circularidade ou Redundância – quando o autor fica dando voltas no mesmo pensamento, repetindo as mesmas ideias, dando a impressão de que o texto não sai do lugar, que não há uma sequência de pensamento.
Uso de Clichê – uso de expressões muito conhecidas no cotidiano, não apresentando nada novo no texto, o que o torna massante.
Discurso Exortativo – o autor acha que precisa se posicionar, exortar o leitor, impor opiniões usando expressões como: é preciso, é necessário.


Aula 26 - A Produção Textual com Autoria em Aulas de Ciências


Lembro quando estudava para provas e muitas vezes os professores faziam exercícios e diziam para estudarmos com base neles. Quando chegava o dia da prova as questões eram exatamente as apresentadas nos exercícios. Usando uma linguagem mais informatizada, bastava fazer um “CTRL+C” e “CTRL+V”.
   Na aula vemos a importância da verdadeira autoria nos textos acadêmicos, em especial nas aulas de ciências. O aluno precisa desenvolver o hábito de escrever o que ele aprendeu nas aulas e não decorar e copiar o que foi falado, precisa entender o que fez, sendo assim o responsável pelo texto.
   Para desenvolver essa habilidade de escrita autêntica nos alunos, alguns métodos devem ser implementados nas aulas: escrita – desenvolva situações onde os alunos são levados a escrever, seja qualquer coisa, o que pensam, o que veem, o que falam; Argumentar – leve os a defender suas opiniões, a usar de argumentos para convencer aos outros; Hipóteses – desperte a busca por soluções, alternativas, formas de resolver os problemas propostos; Raciocínio – faça os pensar, criar, observar, buscar explicações.
   Desenvolver um espírito questionador, observador, autêntico nos alunos, através da escrita, tendo em vista que o importante não é, num primeiro momento, que seja uma escrita correta,  e sim a habilidade em criar um texto e não mais fazer copias.


Aula 27 - Diferentes Formas de Produção de Texto em Aulas de Ciências


Na área comum do prédio onde moro, apareceram algumas lagartas. Outro dia estava a observar uma que seguia em uma direção, porém uma folha de palmeira estava no caminho, a lagarta tentou varias vezes subir na folha, porém sempre escorregava e caía, em um momento ela deu a volta na folha e seguiu na direção de antes. Na aula vemos que desafios são propostos aos alunos para que eles encontrem possíveis soluções para resolvê-los, assim como a lagarta precisou encontrar para o problema que surgiu no seu caminho.
   Existem diferentes formas de construir conhecimento e essas formas demandam diversas ações manipulativas.  O aluno precisa viver a ciência, não apenas de forma teórica, mas na prática, colhendo informações, descobrindo hipóteses, elaborando explicações e usando o raciocínio logico para chegar ao conhecimento.
   A ciência é feita de descobertas em  grupo, por isso, métodos de agrupamento, que levem ao dialogo, a interação entre os alunos, oferecem oportunidades para que eles aprendam a fazer e a se posicionarem diante da ciência.


Aula 28 - Leitura, Estilo Pessoal e os Futuros Textos


A escrita, a leitura e a produção de texto não está presente apenas no mundo acadêmico. No dia-a-dia utilizamos essas ferramentas ao escrever um e-mail, uma postagem em uma rede social, uma lista de compras. São muitas teorias e regras que devem ser seguidas para que nós e nossos futuros alunos, sejam bons escritores, porém como diz o ditado “A prática leva a perfeição”.

  • Atitude, argumentação, autoria: é a tomada de posição, é defender uma ideia, deixar de seguir  e falar o que os outros pensam. Cada pessoa tem suas experiência de vida, sua visão de mundo, sua personalidade, e quando toda essa carga de conhecimento particular de um individuo é colocado em um texto, ele se torna mais pessoal, mais autêntico, mais único.
  • Banco de dados, bloco de notas, biblioteca: a paixão pela leitura, permite que tenhamos mais competência na hora de escrever, aumenta nosso vocabulário. A criação de uma biblioteca  pessoal, com os autores, os gêneros, os livros, aos quais nos identificamos, nos possibilita ter ao alcance os conhecimentos que nos tornaram a cada dia o que somos.
  • Conteúdo, cultura, conhecimento, curiosidade: na comunicação, metade da responsabilidade é de quem comunica e metade é de quem recebe. Não somos máquinas que respondemos a comandos, devemos ter uma postura questionadora, curiosa do pôr que das coisas, buscando informações, explicações.
  • Dedicação: a escrita diária, mesmo que pequena, é importante para desenvolver o habito. O interesse pela escrita e pela leitura, não é ao pesaroso, ao contrário, é um lazer, uma diversão.
  • Estilo: o interessante na produção de texto, é que não atende apenas a um tipo de pessoa, todos os estilos são aceitos, do mais simples ao mais sofisticado. O mais importante é usar o sentimento, suas experiência, sua personalidade.

O Brasil ainda não é, mas podemos dar um primeiro passo, para que venha a ser um país de leitores. Com pessoas que tem sede de conhecimento, buscam informações, transmitem ideias. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário